domingo, 10 de maio de 2015

Hotel de Turismo da Guarda as trafulhices do Amaro


O Comité Distrital da Guarda do PCTP/MRPP denunciou o processo fraudulento que envolve o negócio em torno do Hotel de Turismo da Guarda, adquirido, em 2010 por 3,5 milhões de euros, à Câmara Municipal da Guarda , pelo Governo da República, através do Turismo de Portugal, o qual se comprometeu a recuperar totalmente o edifício, reabrir o hotel e utilizá-lo como centro impulsionador de múltiplas iniciativas ligadas à hotelaria e ao turismo na cidade e na região, incluindo a instalação de uma escola profissional de características inovadoras, bem como uma incubadora de empresas destinadas a operar nesta área de actividade, tudo isto a ser concretizado no espaço de três anos (até 2013), através do recurso a fundos comunitários a fundo perdido.
Este compromisso nunca foi cumprido, nem exigido pelo executivo do PS na Câmara Municipal da Guarda ao novo governo Coelho/Portas o seu cumprimento e, em 2013, em lugar de a Guarda ver reabrir o Hotel Turismo, assistiu atónita à afirmação do candidato autárquico do PSD/CDS, Álvaro Amaro, de que, se fosse eleito, defenderia a venda do Hotel Turismo a uma entidade privada e que o Turismo de Portugal deveria cobrar por essa venda apenas um “preço simbólico” (sic).
Sob a capa de uma pretensa “devolução do hotel à cidade”, o que Amaro defendeu nessa altura representaria um acto gravemente lesivo do erário público e indiciaria a existência de um crime a merecer investigação imediata por parte do Ministério Público.
 
 
Agora, enquanto presidente da Câmara da Guarda, Amaro surge como uma fonte de informação privilegiada e um intermediário do “negócio do século”, à escala da Guarda, entre um certo “investidor privado”, ávido de aproveitar o “preço simbólico” do Hotel Turismo, e o Turismo de Portugal, este pronto a deitar fora, como se nada fosse, a diferença entre 3,5 milhões de euros e o tal “preço simbólico”, o qual terá já entretanto descido para 850 mil euros, ou seja, um quarto do que o Turismo de Portugal pagou pelo Hotel Turismo há cinco anos atrás.
A forma descarada como Amaro está a controlar passo a passo o andamento do negócio que há dois anos anunciou, leva a crer que tudo foi planeado desde essa altura, o que indicia estarmos perante um caso de polícia.
Dias antes da venda em hasta pública do Hotel de Turismo, marcada para 30 de Abril último, veio Amaro informar que não iria aparecer nenhum comprador! Nesta primeira proposta, o preço-base seria de de 1,7 milhões de euros, com o compromisso de, no prazo de quatro anos, o novo proprietário recuperar e reabrir o hotel e manter o seu funcionamento como unidade hoteleira pelo período mínimo de trinta anos.
 
 

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