sábado, 24 de outubro de 2009

Faça-se luz !


Faça-se luz !
Factos são factos, a EDP vai "actualizar" em 2,9% em 2010, as tarifas para consumidores domésticos e para consumidores industriais, este aumento irá ser feito numa altura de crise epidémica do sistema em que vivemos, onde os consumidores estão mais fragilizados e as pequenas e médias empresas passam por um período ainda mais difícil, lutando pela sua sobrevivência...certeiro! Mas outros factos são indesmentíveis, os lucros da EDP atingiram €962,4 milhões só no 1º semestre de 2008 com preços de electricidade que chegam a ser superiores em 22% aos da UE15, mas há mais, esses mesmos lucros da EDP atingiram 1.212 milhões de € em 2008, sendo 316 milhões € à custa de preços superiores aos da U.E. Será preciso fazer mais contas para saber donde virá a maior fatia de tais lucros?!
Terminamos com outro facto, este "novo" governo de Sócrates que vai ser empossado na próxima segunda-feira, vai pelo mesmo caminho do anterior executivo...alguém tinha ainda dúvidas? Mas existe outro facto subjacente a este, os trabalhadores terão de cerrar fileiras para derrubarem este governo de uma vez por todas, porque como dizem os comunistas, os trabalhadores podem vencer a crise. É fartar vilanagem.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Ribeiro Santos

RIBEIRO SANTOS-O POVO JAMAIS TE ESQUECERÁ

Passa hoje o 37º aniversário do assassinato pela PIDE do camarada Ribeiro Santos.
Ribeiro Santos era, na altura, estudante da Faculdade de Direito de Lisboa e militava na organização do MRPP para a juventude estudantil, a Federação dos Estudantes Marxistas-Leninistas (FEM-L).
Dotado de uma grande coragem e firmeza na defesa dos princípios e da causa da revolução, Ribeiro Santos não hesitou em enfrentar dois bufos da polícia secreta de Salazar que se encontravam numa reunião de estudantes contra a repressão, a decorrer na Faculdade de Economia - actualmente, o ISEG -, e que iam contando com a protecção dos dirigentes da Associação de Estudantes daquela Faculdade, militantes do PCP.
Não só não foi por acaso que se tratou de um militante marxista-leninista a tombar naquele dia às mãos assassinas do regime fascista de Salazar e Caetano, como o exemplo heróico de Ribeiro Santos constituiu um marco decisivo no movimento revolucionário que iria conduzir à queda daquele regime ditatorial e sanguinário.
É que importa não esquecer - como o fazem os oportunistas de hoje, a propósito deste acontecimento - que, para além da sua inesgotável energia e indomável combatividade revolucionárias na luta contra a ditadura e a repressão que se abatiam sobre o movimento estudantil que lhe custaram a perseguição impiedosa pelos professores fascistas, como o tristemente célebre Martinez, Ribeiro Santos colocou essas qualidades de bravura e tenacidade ao serviço de uma linha política e ideológica que visava transformar a luta anti-colonial numa guerra civil revolucionária que, com o derrubamento do Estado fascista, levasse a classe operária ao poder.
Do outro lado, estavam os revisionistas que viviam apavorados com a ideia de o movimento operário e popular dar lugar a uma revolução que não só apeasse e demolisse o regime fascista como, em seu lugar, instaurasse um governo democrático e popular em direcção a socialismo e ao comunismo.
Como em 12 de Outubro de 1972 denunciou o Comité Lenine, Comité Central do MRPP, os revisionistas do PCP apontaram o alvo e a Pide disparou sobre Ribeiro Santos.
Ao assinalarmos hoje esta data e honrarmos a memória de Ribeiro Santos, não podemos deixar de denunciar os oportunistas que, por estas alturas, surgem a invocar uma pretensa identificação com a causa que o nosso camarada abraçou e que eles já há muito abandonaram ou nunca chegaram a defender.
É que um dos traços distintivos do carácter de Ribeiro Santos - e que ninguém que privou com ele nas batalhas políticas em cujo campo havia de tombar pode desmentir - foi precisamente o da fidelidade e intransigência na defesa dos princípios por que lutava e o desprezo que nutria e a perseguição que movia aos oportunistas, revisionistas e toda a espécie de trânsfugas.
12 de Outubro de 2009

Eleições autárquicas.







Nota à imprensa.


Os resultados eleitorais permitem desde já ao PCTP/MRPP tecer as seguintes considerações:
1. O Partido Socialista não pode escamotear as pesadas derrotas que sofreu em concelhos importantes, em que concentrou todos os seus actuais e ex-dirigentes nacionais, como foi o caso das Câmaras do Porto, Gaia, Faro, Sintra, Oeiras.
2. A vitória de António Costa em Lisboa ficou a dever-se acima de tudo aos apelos do PCP e do BE na votação nessa candidatura e representa, em qualquer caso, uma derrota para o povo da Capital, atentas as promessas não cumpridas nos últimos dois anos e um programa de novas promessas que não dão qualquer garantia de alterar radicalmente as condições de vida nesta Região.
3. O PCP mostra estar a perder uma parte do seu eleitorado no distrito de Lisboa, perdendo também para o PS duas Câmaras importantes como a da Marinha Grande e Beja.
4. No que respeita aos resultados do PSD eles só podem atribuir-se à total incapacidade do PS e dos restantes partidos ditos de esquerda em assumir um programa alternativo, para além do preço que pagou pela política ferozmente antipopular que caracterizou o Governo de Sócrates.
5. O BE, por seu turno, para além de ter registado uma quebra acentuada do seu eleitorado, não logrou atingir um único dos seus principais objectivos, designadamente, nos grandes centros urbanos do Porto e Lisboa.
6. No que respeita à candidatura do PCTP/MRPP, se bem que registando uma quebra, ainda que não acentuada, no concelho de Lisboa - atendendo ao mais absoluto e impune silenciamento até agora registado por parte dos órgãos de comunicação social, em particular dos públicos Lusa, RTP e RDP - obteve aumentos significativos em concelhos importantes, como em Almada (de 948 votos para 3.237), Porto, Barreiro, Moita, Montijo, Loures e Oeiras, continuando a afirmar-se como a sexta força política a nível nacional.

Lisboa, 11 de Outubro de 2009-10-12
A Comissão de Imprensa
da Candidatura Autárquica do PCTP/MRPP