quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

CENTROS ONCOLÓGICOS

Centros oncológicos
A Coordenação Nacional para as Doenças Oncológicas, definiu critérios “mínimos de qualidade” como a existência de 500 doentes atendidos por ano. Esta Comissão que foi constituída a mando do governo defende essa medida para 16 centros de oncologia dos actuais 55, porque a não existência de médicos com a especialidade oncológica faz com que os doentes têm ido directamente para os IPO. A ministra veio a terreiro declarar que “não era bem assim”, o estudo que foi apresentado ainda não tinha a anuência do governo. Mas todos os utentes deste serviço de saúde estão fartos de saber que uma coisa são as palavras, outra são os actos. Os fechos das maternidades e de centros de saúde sem acautelar os interesses das populações foram efectuados sem apelo nem agravo. De palavras de mel, da senhora ministra estão o inferno cheio! A falta de especialistas nessa área, oncológica e de radioterapia há muito que os sindicatos e os profissionais detectaram e denunciaram grandes lacunas, mas os responsáveis deste governo e dos anteriores têm feito ouvidos de mercador e naturalmente estas lacunas e outras têm aumentado exponencialmente.
Não existe outro caminho, além de abrir mais vagas à entrada nas universidades, abrir também vagas nos diversos hospitais para preenchimento das faltas existentes e acautelar problemas de futuro. Naturalmente que a ministra afirma que é necessário reactivar as comissões regionais de oncologia, assim como os registos oncológicos regionais, "que não funcionam bem". Mais palavras que o vento leva, e mais quando muito “indignada” critica um dos seus parceiros do Bloco central, PSD, que quer enviar os doentes para unidades privadas…é necessário ter muito desplante, porque é isso exactamente que aconteceu, como por exemplo quando se fechou várias maternidades.

As populações, em conjunto com os sindicatos de saúde e seus profissionais, desde já devem começar a constituir comissões de defesa dos seus hospitais e exigir da parte das suas respectivas autarquias que lutem contra estas medidas atentatórias da saúde dos portugueses e do seu serviço nacional de saúde, já de si doente.

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