Contando com a presença de dezenas de elementos do povo e de
camaradas do Partido, o comício de Gouveia registou uma assinalável
participação de jovens do concelho de Gouveia e distrito da Guarda e decorreu
num ambiente de caloroso apoio às intervenções dos oradores.
Na primeira intervenção, o camarada Leopoldo Mesquita, membro do
Comité Central e Secretário Distrital da Guarda, começou por endereçar uma
saudação especial ao povo de Gouveia, referindo que a escolha de Gouveia para a
realização deste comício se deveu desde logo ao rico património que esta região
possui de lutas operárias contra o fascismo e a exploração e opressão
capitalistas e às suas fortíssimas tradições culturais, associativas e
comunitárias.
Antes de caracterizar a situação política que se tem vivido em
Portugal, em particular depois da assinatura do memorando de traição com a
Tróica pelo PSD, CDS e PS e a sua execução pelo actual governo Coelho/Portas, e
as posições firmes de combate assumidas desde o início pelo PCTP/MRPP pelo
derrubamento desse governo de traição nacional, o camarada Leopoldo Mesquita
fez questão em salientar que, para travar vitoriosamente esta luta difícil e
desigual contra o capital financeiro, unindo nela uma ampla frente democrática
e patriótica, torna-se necessária uma direcção operária e revolucionária que só
o PCTP/MRPP pode protagonizar.
O PCTP/MRPP possui as
ideias mais avançadas sobre como governar o país e como fazê-lo progredir,
afirmou o camarada Leopoldo Mesquita, apelando à adesão ao Partido e a uma
forte votação no PCTP/MRPP nas próximas eleições, com vista a impor a sua
participação no próximo governo democrático e patriótico.
A encerrar o comício, interveio o camarada Garcia Pereira,
dirigindo de início uma saudação especial ao grupo de jovens ali presentes e
conclamando os operários e trabalhadores a manifestarem o seu apoio e adesão ao
único Partido que incansavelmente, e antecipando-se a todos os outros que se
dizem de esquerda, tem denunciado a verdadeira natureza, causas e consequências
da profunda e grave crise que estamos a viver, designadamente, a que agora se
prende com o colapso do BES e da gigantesca falcatrua do GES, e se tem batido
pelo derrubamento do governo de traição nacional Coelho/Portas e do seu
principal sustentáculo que é o presidente da República.
O camarada Garcia Pereira
procedeu a uma análise desenvolvida e profunda da origem, dos contornos, da
amplitude, dos responsáveis – governo, supervisores do Banco de Portugal e da
CMVM, presidente da República – e das consequências devastadoras da falência do
BES e do Grupo Espírito Santo para os trabalhadores e para a economia do país,
se não for adoptada com urgência a proposta de há muito defendida pelo
PCTP/MRPP de nacionalização do BES e de todas as empresas do GES e respectiva
entrega ao controlo dos trabalhadores deste Grupo, antes que elas comecem a ser
vendidas a pataco, sobrando para os contribuintes o pagamento dos mais de 25
mil milhões de euros que o governo se prepara para espoliar ao povo português,
agravando a dívida pública, para financiar esta falcatrua gigantesca.
Como também vão escapando às responsabilidades o saloio de
Boliqueime em Belém – eleito com o dinheiro de Ricardo Salgado - e os
supervisores que desde o início estavam a par de tudo e nada fizeram Senão
alimentar as manobras da família Espírito Santo.Por outro lado, Garcia Pereira
chamou a atenção para o facto de os principais responsáveis por estes crimes
continuarem à solta e impunes, a viverem à grande, a poderem dispor de milhões
– produto desse roubo – para pagarem cauções para se manterem em liberdade.
Fortemente aplaudido pela assistência, Garcia Pereira fez ver mais
uma vez que o PCTP/MRPP foi o primeiro partido politico a denunciar o que
estava a passar-se no BES e a alertar para a gravidade da situação e
necessidade de supervisionar o supervisor.
Como foi o único partido politico que logo defendeu a
nacionalização do BES e de todas as empresas do GES.
Por esta razão, o PCTP/MRPP - que não desfalecerá na luta pelo
derrubamento deste governo e pela formação de um governo democrático e
patriótico de que faça parte - merece o apoio dos trabalhadores expresso na
adesão e votação no Partido.
Reportagem do Luta Popular
(online).
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