Caros
concidadãos,
Na qualidade
de primeiro candidato da lista que o PCTP/MRPP irá apresentar às eleições
europeias, venho suscitar perante vós aquelas que são indubitavelmente as
questões políticas mais relevantes que o sufrágio de 25 de Maio próximo a todos
nos coloca. Para além do objectivo específico de escolher os vinte e um
deputados portugueses no Parlamento Europeu, estas eleições revestem-se de uma
enorme importância política, por várias razões que passo a enunciar.
Desde logo, as eleições europeias podem contribuir decisivamente
para derrubar o odiado governo fascista Coelho/Portas e o seu chefe-de-fila
Cavaco. Uma derrota esmagadora da
candidatura da coligação PSD/CDS em Maio próximo criará condições para que o
povo português expulse finalmente esses traidores à pátria dos lugares donde
eles continuamente organizam o roubo, a opressão e o massacre dos trabalhadores
e do povo, a mando do imperialismo alemão, da banca e do capital financeiro
internacional.
Em íntima
ligação com este objectivo, as eleições europeias deverão servir também para reforçar um amplo movimento de unidade
entre todas as forças democráticas e patrióticas, o qual possibilite a
formação de um novo governo que restitua ao povo a democracia, a independência
nacional, o emprego, o bem-estar e os direitos que lhe foram expropriados.
Acima de
tudo, pela importância crucial de que este tema se reveste para a resolução dos
problemas do país, as eleições europeias
de Maio serão uma ocasião privilegiada para alargar e fortalecer uma corrente
unitária imparável que está em curso, de norte a sul do país, pela saída de
Portugal do euro.
O euro é o instrumento através do qual a Alemanha fez de Portugal uma sua sub-colónia e destruiu toda
a estrutura produtiva nacional,
reduzindo os trabalhadores e o povo a uma situação dramática de liquidação
maciça do emprego, de roubos sistemáticos nos salários e nas pensões, de
aumentos constantes nos impostos, de um empobrecimento sem fim e de perda
gradual de todos os direitos à saúde, à segurança social, à educação, à ciência
e à cultura.
Não há hipótese nenhuma de Portugal resgatar
a sua independência política e económica e de o povo português recuperar a sua
soberania, a sua dignidade e o seu bem-estar se não se sair imediatamente do
euro e não for reposta uma moeda própria, um novo escudo, que sirva de
instrumento para reequilibrar e desenvolver a economia, assegurar o pleno
emprego e garantir uma vida digna aos trabalhadores e ao povo.
O euro está na base do mais grave problema que o país enfrenta no momento actual, que é o
problema da dívida pública. A dívida pública é um garrote que asfixia o povo e
de que as classes exploradoras se servem para tentar repor uma situação de
pobreza e de ditadura sobre os trabalhadores e o povo, em tudo idêntica à dos
piores tempos do regime fascista de Salazar.
A dívida pública é impagável, não foi contraída pelo povo nem reverteu em seu benefício. O povo português
não deve aceitar pagar nem um cêntimo dessa dívida. Não pagamos! é o grito de
revolta, de resistência e de dignidade que nestas eleições europeias, mais do
que nunca, se tem de fazer ouvir.
O apelo que dirijo a todos os
trabalhadores e a todos os democratas e patriotas é que, daqui até 25 de Maio
próximo, cada um, concordando com os objectivos atrás expostos, se torne um
agente incansável para os atingir. Junto dos camaradas de trabalho, dos amigos
e familiares, dos vizinhos e conhecidos, a hora actual é a de mobilizar todas
as forças para uma luta que, sendo dura, será sem dúvida vitoriosa.
24 de Março de 2014 Leopoldo Mesquita
24 de Março de 2014 Leopoldo Mesquita
Primeiro candidato do PCTP/MRPP
às eleições para o Parlamento Europeu
às eleições para o Parlamento Europeu
Os sublinhados são da responsabilidade de "RESISTÊNCIA"
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