“Se estamos revoltados, se sofremos com a situação de miséria em que se encontram milhares de trabalhadores e cidadãos no nosso país, se pretendemos organizar os trabalhadores para que essa revolta conduza ao derrubamento urgente deste governo e a constituição de um outro democrático patriótico, então não chega falar ou protestar em casa ou à mesa do café. “ O órgão central do PCTP/MRPP tem um importante papel a desempenhar.
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CONTRA O ROUBO DO TRABALHO E DO SALÁRIO! PELA NOVA GREVE GERAL NACIONAL! ABAIXO O GOVERNO DE TRAIÇÃO NACIONAL PSD/CDS! GOVERNO DEMOCRÁTICO E PATRIÓTICO! O POVO VENCERÁ!
A Greve geral e a UGT.
O Secretário-geral da UGT, engenheiro João Proença, fez referência pública a uma proposta de greve geral adiantada pelo novo secretário-geral da CGTP-Intersindical, Arménio Carlos.
A proposta de uma nova greve geral nacional foi publicamente apresentada, em Dezembro passado, pela linha sindical Luta-Unidade-Vitória, e a aludida proposta foi pessoalmente dirigida ao então secretário-geral da Inter, Doutor Carvalho da Silva.
Essa proposta tem sido sistematicamente explicada e defendida em reuniões de operários pela linha sindical Luta-Unidade-Vitória e tem contado com o apoio das massas e do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, PCTP-MRPP.
Uma tal greve geral nacional deveria, aliás, ter sido desencadeada imediatamente após a assinatura do acordo de traição assinado por João Proença no conselho permanente de concertação social, intitulado “compromisso para o crescimento, competitividade e emprego”.
Na ocasião em que anunciou a recepção da proposta de Arménio Carlos, João Proença garantiu que, se a greve avançasse, a UGT não estaria lá.
A primeira conclusão a tirar das declarações do secretário-geral da UGT é que a nova direcção da Intersindical em nada se distingue da antiga, já que Arménio Carlos, tal como Carvalho da Silva, continuam a pensar que as greves gerais não se fazem com operários e trabalhadores, homens, mulheres, jovens e idosos, mas que se fazem unicamente com o apoio do traidor engenheiro Proença.
A aliança com a UGT custou muito caro ao movimento sindical nas duas greves gerais anteriores, pois Proença serviu-se da sua participação nessas duas lutas, para reforçar junto do governo e do patronato a sua legitimidade negocial traidora.
Entendamo-nos muito bem, nos seguintes pontos: 1. A nova greve geral nacional deve ser convocada e organizada com as forças políticas e sindicais que compreendam e aceitem a necessidade de derrubar o governo de traição nacional PSD/CDS e substitui-lo por um governo democrático patriótico. 2. A nova greve geral nacional deve ser imediatamente convocada, para poder liquidar à nascença os efeitos do acordo de concertação social e as medidas aí previstas quanto ao roubo de salários e de trabalho. 3. Marcada a data da greve, com o consenso de todas as forças empenhadas, deve começar-se, empresa a empresa, a mobilização dos operários e dos trabalhadores para essa luta. 4. Devem fazer parte da comissão organizadora da greve geral trabalhadores dos sindicatos UGT, expressamente convidados para o efeito.
Há excelentes condições objectivas para nova greve geral nacional, contando que se unam todas as forças que podem ser unidas e se marquem objectivos políticos e sindicais concretos.