terça-feira, 24 de maio de 2011

Entrevista com Rui Infante







ENTREVISTA COM RUI INFANTE


CABEÇA-DE-LISTA DO PCTP/MRPP
PELO CÍRCULO ELEITORAL DE CASTELO BRANCO









O que o levou a candidatar-se pelo PCTP/MRPP nestas eleições?

O PCTP/MRPP é um partido pequeno mas que oferece plena garantia de tudo fazer pelos interesses da população trabalhadora. Estas eleições têm de ser a ocasião de o povo português e o eleitorado popular do distrito de Castelo Branco manifestar a sua revolta e o seu desejo de mudança. Sou particularmente sensível à palavra-de-ordem de que “não pagamos a dívida que não é nossa!”. A luta contra o FMI, contra a “troika” e contra o acordo de traição nacional subscrito pelo PS, pelo PSD e pelo CDS é um dever patriótico de toda a população trabalhadora. É no PCTP/MRPP que se podem encontrar as posições mais firmes e consequentes nesta situação tão grave em que o país se encontra. Por isso aceitei encabeçar a sua candidatura.

Quais são as prioridades da sua candidatura?

Queremos contribuir com a nossa campanha para um aumento substancial da votação do PCTP/MRPP a nível nacional e para impor uma derrota eleitoral ao PS e ao PSD, através de uma descida acentuada da votação nesses dois partidos. Queremos mobilizar o eleitorado do distrito de Castelo Branco para lutar contra o acordo com a “troika” e contra o aumento do desemprego, da fome e da miséria para o povo que ele representa. Defendemos também para o distrito de Castelo Branco uma política de desenvolvimento económico que tire partido dos recursos naturais, humanos e tecnológicos de que dispomos. Em lugar de liquidar empregos, baixar salários e aumentar impostos sobre quem menos tem, é necessário criar empregos, valorizar o trabalho e ir buscar mais impostos à banca e às grandes fortunas. Na nossa campanha defendemos a prioridade da produção agrícola e agro-industrial no distrito. As condições de que dispomos para criar novas indústrias com elevada capacidade tecnológica devem ser aproveitadas. É preciso que as instituições de ensino superior do distrito cumpram plenamente o seu papel de alavancas de desenvolvimento e de criação científica, tecnológica e cultural. É necessário também impedir a aplicação de portagens na A23, pois elas liquidarão muitas pequenas e médias empresas e representarão um peso incomportável para os que precisam de se deslocar diariamente para os seus empregos.

Como vai decorrer a campanha eleitoral do PCTP/MRPP no distrito?

Basearemos a nossa campanha em acções de inquérito, de debate e de esclarecimento junto das populações. Os nossos meios são escassos mas temos a força das nossas ideias e das nossas convicções. Procuraremos mostrar a importância de que todos participem neste acto eleitoral, recusando a chantagem da “troika” e dos partidos que pretendem impor mais sacrifícios e desemprego, como se não houvesse alternativas. Apelaremos com firmeza ao voto no PCTP/MRPP, a esquerda que não se vende e que não capitula. Defendemos um programa democrático e patriótico de desenvolvimento do país e do distrito e queremos demonstrar que ele pode ser aplicado.


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