Fábrica da Delphi na Guarda encerra e 321 trabalhadores serão despedidos
Como se esperava o anúncio de o encerramento desta fábrica na Guarda efectivou-se, no final do ano este fecho desta importante fábrica, irá provocar despedimentos de mais 300 trabalhadores.
Os sindicatos do sector adiantaram que a produção da unidade da Guarda vai ser deslocalizada para a fábrica da Delphi de Castelo Branco e para a Polónia e que a decisão apanhou os operários e os sindicatos de surpresa porque a «última leva de despedimentos foi para tornar a empresa viável e isso não se veio a concretizar».
Esta posição dos sindicatos demonstra mais uma vez a incapacidade para organizar os trabalhadores, na sua luta e objectivos. O nosso partido já em 16 de Novembro do ano passado emitia um comunicado onde, por exemplo, perguntava aos sindicatos, “porque não organizam a mobilização colectiva dos trabalhadores de todas as unidades da Delphi em Portugal, para exigir do Governo a tomada de medidas urgentes e impedir os despedimentos colectivos ou o seu encerramento?” ou “porque não se estabelece uma ligação urgente entre a luta dos trabalhadores da indústria automóvel a nível nacional e a luta dos trabalhadores deste sector a nível europeu?”, perguntas que ficaram sem resposta, e como constata na actual situação.
E quase a terminar afirmámos “que não haja ilusões: o despedimento colectivo que agora se pretende concretizar na Delphi-Guarda é seguramente apenas o primeiro passo para o encerramento da empresa.” Infelizmente tínhamos razão…
Está à vista de todos que no sistema actual, em que reinam os grandes grupos económicos capitalistas, o trabalho escravo é a alma gémea do desemprego dos escravos - um não pode existir sem o outro. E está também à vista que o Governo que temos olha para este sistema como sendo o único possível. Mas isso não é verdade! Os escravos querem ser livres! O desemprego tem de acabar!
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